Descoberta da causa da morte de Tutankamon
Tutankamon morreu de malária e de infecção óssea
Após 2 anos de estudo, pesquisadores descobriram que o mais famoso faraó do Egito antigo, Tutankamon, morreu de malária e infecção óssea.
O estudo realizado entre setembro de 2007 e outubro de 2009 tinha inicialmente por objetivo determinar os vínculos de parentesco e de sangue, e também a existência de características patológicas hereditárias entre Tutankamon e as outras 10 múmias analisadas, sendo estas aparentemente membros da família real da XVIII dinastia, explica Zahi Hawass, membro do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, responsável pelas antiguidades egípcias no museu do Cairo e principal autor do estudo.
Rosto de Tutankamon mumificado
Ao utilizarem vários métodos científicos como tomografias e análises do DNA da múmia do faraó, encontrada em 1922, na realização deste estudo, os pesquisadores chegaram a conclusão que o jovem e lendário faraó Tutankamon, que morreu de forma misteriosa aos 19 anos de idade e há mais de três mil anos, tinha a saúde frágil e uma rara doença que enfraquecia os ossos, o estudo revelou ainda que dias antes de morrer o faraó sofreu uma queda e fraturou a perna esquerda.
"Estes resultados permitem pensar que uma circulação sanguínea insuficiente dos tecidos ósseos, que debilitou e destruiu parte da ossatura, combinada com malária, foi a causa mais provável da morte de Tutankamon", explica Zahi Hawass, com trabalhos divulgados no jornal da Associação Médica americana (Jama) na edição de 17 de fevereiro.
A partir dos exames realizados foi revelado que a família de Tutankamon possuía uma série de más-formações, como a doença de Köhler que destrói as células ósseas e, também a presença de genes vinculados ao parasita Plasmodium falciparum, responsável pela malária em quantro múmias estudadas, entre elas a de Tutankamon.
No meio científico o estudo parece abrir as portas a um novo enfoque de investigação em paleogenômica do período faraônico e genealogia molecular.