A Cultura Medieval
A Idade Média foi chamada pelos renascentistas de Idade das Trevas. Esse nome surgiu porque eles consideravam que naquele período da história europeia as artes e o conhecimento pouco teriam se desenvolvido. Mas será que o mundo medieval foi mesmo época de trevas e escuridão?
Na verdade, os renascentistas desejavam salientar a diferença entre o momento em que viviam e o período anterior que, segundo eles, era dominado pela religião. Tudo era explicado pelos dogmas da Igreja católica, tudo ocorria conforme a vontade de Deus. Os renascentistas não desacreditavam na existência de Deus, mas desejavam colocar o ser humano no centro das artes e do conhecimento.
Essa ideia representou uma verdadeira revolução. Inspirados na cultura dos gregos e romanos, os renascentistas começaram a observar e a compreender os seres humanos e os fenômenos naturais de uma forma diferente.
Em toda a Europa ocidental, é possível encontrar vestígios do mundo medieval. São castelos, igrejas, pinturas, livros, relíquias, entre tantos outros objetos e construções. Na imagem, destacamos um dos monumentos mais importantes e famosos da Itália, a Torre de Pisa, construída entre 1174 e 1372.
A produção cultural na Idade Média
A partir dos séculos IV e V, o Império Romano do ocidente começou a se desestruturar. Crise econômica, dificuldades em manter as fronteiras e a invasão de povos inimigos, sobretudo de origem germânica, eram alguns dos problemas enfrentados pelos romanos.
Esse cenário contribuiu para uma transformação radical na vida cultural dos povos europeus. Com o tempo, os costumes romanos e germânicos se misturaram, dando origem ao mundo feudal. Nele, os mosteiros e as abadias tornaram-se um dos principais centros de produção cultural.
Na Idade Média, assim como na Antiguidade, eram poucas as pessoas que sabiam ler e escrever. A maior parte da leitura era feita em voz alta para um grupo de ouvintes, como nas missas. Por isso, os textos eram todos preparados para serem lidos em público, com imagens fortes e teatralizadas.
As pessoas mais instruídas pertenciam a Igreja, que controlava grande parte das atividades artísticas, literárias e intelectuais da época. O controle da leitura e da escrita era uma de a Igreja manter seu poder e de impedir que as pessoas pensassem diferentemente de seus dogmas.
As catedrais também foram importantes centros de produção e preservação cultural.